sexta-feira, 12 de julho de 2013

DA ESPERANÇA PARA A VERGONHA

21/07/2006

DA ESPERANÇA PARA A VERGONHA

Eu era ainda um menino... Já se passaram mais de  60 anos.

As condições financeiras da época e particularmente da minha família eram muito ruins.

Eu tinha onze anos e sai de casa para procurar emprego. Sempre que me apresentava para um trabalho eu informava que era evangélico e isso era um fator favorável a minha contratação.

Depois de alguns anos, já próximo aos 18 anos eu tinha um grande sonho, ver políticos evangélicos chegando ao poder.

Ai sim as coisas melhorariam, a influencia honesta dos meus irmãos de fé faria com que toda corrupção se desvanecesse milagrosamente.

Mas era muito difícil, até que surgiram alguns candidatos evangélicos, mas nunca conseguiam ser eleitos.

Verdade seja dita, houve um caso na época ( final dos anos 1950) em que vi o diretor da minha escola, evangélico de uma das mais tradicionais denominações, ser eleito, mas logo logo tive notícias de que o mandato do mesmo não foi ao encontro das expectativas dos eleitores mas reputei o fato como um acidente de percurso.

Passaram-se os anos e o "fator evangélico" deixou de ter significação, mas, pensava eu, isso era sinal dos tempos que estávamos vivendo.

Nos últimos tempos, dizer que é evangélico pode até ser motivo de chacota tal o número de evangélicos ou ditos evangélicos que estão envolvidos em malandragens e desonestidades.

O jovem dos anos 1950 poderia até ficar alegre pois na Câmara Federal existe até uma BANCADA EVANGÉLICA , mas que vergonha a maior parte da tal bancada evangélica encontra-se envolvida nos muitos escândalos.

Nem se diga que é um sinal dos tempos...  é mesmo a falta de Deus nos corações dos homens, e falta de discernimento dos  evangélicos ao escolherem seus representantes.

O povo evangélico pode estar envergonhado, mas a culpa cabe a cada um de nos que na hora de votar escolhemos mal nossos representantes.